sábado, 19 de novembro de 2016

A indiferença da natureza

                      Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e aranhas, centenas de formigas devorando um lagarto ainda vivo, baleias assassinas atacando focas e pinguins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.
                    Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. A resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples: a preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da transmissão de seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente. Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações “desumanas”.
                    A ideia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa quando matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. E dentro da mesma espécie? Para propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte por uma fêmea ou pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana, não?

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-77)




segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Agora, vamos analisar a situação apresentada:


BRASIL E A REVOLUÇÃO DIGITAL



1) Transcreva no caderno as informações que ajudam o leitor a identificar o contexto do cartum:

2) Agora observe atentamente a imagem apresentada no cartum:

a) Há balões com números identificando cada uma das  pessoas apresentadas na imagem. Qual o significado dos números dentro dos balões? Como eles se relacionam ao título do cartum?
b) Explique por que os números dentro dos balões aumentam enquanto a idade das pessoas diminui.


3) A  que fato o leitor deve associar o título do cartum?

a) Por que a imagem das pessoas retratadas no cartum provoca estranhamento ao ser associada ao título apresentado?

4) Todo cartum vale-se de poucas imagens e palavras para criticar algum acontecimento/fato da atualidade. Para retratar o avanço da fome no país, Angeli associou-o à revolução digital. Essa analogia é adequada? Explique.










VEJA ESTÁ CHARGE E CONCLUA...

Transcreva no caderno as informações que nos ajudam a identificar o contexto da charge:
Construa uma opinião de caráter dissertativo sobre a gravura apresentada.



CONTEXTO E CONHECIMENTO DE MUNDO


Atual condição de vida do índio no Brasil.


1) Transcreva no caderno as informações que nos ajudam a identificar o contexto da charge:

2) Pensando  na charge apresentada, pense nessas indagações a seguir de  como os índios viviam antes dessa proximidade com a cultura do homem branco: como eles se organizavam? Eles moravam em casas de madeira e de alvenaria? De que maneira se alimentavam? Como se dava o abastecimento da aldeia? Eles caçavam, pescavam, coletavam? Frequentavam a escola? Usavam roupas e calçados? Iam à igreja?
As influências do homem branco na cultura indígena foram no sentido de melhorar a qualidade de vida dos índios? Eles vivem melhor antes ou depois dessa aproximação com a modernidade e as tecnologias do homem branco?

Construa uma opinião de caráter dissertativo sobre a atual condição de vida do índio no Brasil.

  

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O Poder das Palavras

As palavras têm poder, cada som, cada sílaba, cada letra é uma vibração que ao falar estamos soltando no ar. As ondas repercutem nos campos sutis das pessoas que as ouvem, mas mais ainda, repercutem em todo o universo, pois tudo está interligado.
É importante conscientizar-se do poder da palavra para utilizá-la sabiamente em nossas vidas.
Mas o pensamento também é energia que se materializa, e mesmo que isso ocorra num plano mais sutil, a influência se manifesta ao nosso redor, pois “tudo o que está em cima, está embaixo”, e portanto tudo está interligado.  Todo pensamento é palavra, pois aprendemos a pensar assim.  E todo pensamento é energia também, energia da mesma matéria-prima que nosso corpo, que os animais, que as plantas e tudo o que existe incluindo os minerais, o vento, a luz, etc. uma das escrituras do budismo, ensina: 
“Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que pensamos hoje é o que seremos amanhã: nossa vida é uma criação da nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento o acompanha como a roda segue a pata do boi que puxa a carreta. (...) Se um homem fala ou age com a mente pura, a felicidade o acompanha como sua sombra inseparável.” 




Temos o dom de inventar palavras, de criar vocábulos, de buscar inovar sempre.
 Por isso estudamos as palavras e suas funções e formas dentro da língua mãe.
Pois conhecê-las nos dará maior oportunidades para usá-las com variedade e confiança .

Vamos?


Composição




O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais radicais.



Composição por Aglutinação 





Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações.

Exemplo: planalto (plano + alto)




Composição por Justaposição





Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações.

Exemplos: passatempo, cachorro-quente





Derivação 




É a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva.



Exemplos: inútil = prefixo in + radical útil.



Derivação Prefixal (prefixação)




Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva.



Exemplos: desfazer, refazer.




Derivação Sufixal  (sufixação)





Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva.



Exemplos: alegremente, carinhoso.



Os sufixos são divididos em nominais, verbais e adverbiais.

Sufixos nominais são os que derivam substantivos e adjetivos;

Sufixos verbais são os que derivam verbos;

Sufixo adverbial é o que deriva advérbio, esse existe apenas um: -mente



Derivação Parassintética (prefixação e sufixação)





Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva.



Exemplos: desalmado, entristecer.



A derivação parassintética só acontece quando os dois morfemas (prefixo e sufixo) se unem ao radical simultaneamente. Note que na palavra desalmado houve parassíntese. É fácil perceber, pois não existe a palavra desalma, da qual teria vindo desalmado, da mesma forma não existe a palavraalmado, da qual também teria vindo desalmado. Portanto, ocorreu anexação de prefixo e sufixo ao mesmo tempo.






Agora, vamos exercitar

Divida as palavras no quadro entregue pela professora em composição por justaposição e por aglutinação.



segunda-feira
 arco-íris
 decreto-lei
 aguardente
ano-luz
 guarda-chuva
 amor-perfeito;
arco-íris
destarte
varapau.
roda-viva;
saca-rolhas;
dessarte
segunda-feira;
água-de-colônia:
chapéu de chuva;
cor-de-rosa;
fim de semana;
embora
pé-de-meia;
pé de moleque;
girassol;
madrepérola;
malmequer
cor-de-rosa
 mais-que-perfeito
 pé-de-meia
 fidalgo 



Divida as palavras no quadro entregue pela professora em prefixação, sufixação e parassintética.


desvalorizar
infiel
subescolar
felizmente
lealdade
desvalorizar
 deslealdade
igualdade
valorização
imoral
fielmente
 imoralidade
desleal
 desvalorização
imortalidade
escolaridade
infelizmente
desigualdade
infielmente
desigual
mortalidade
subescolaridade
 imortal